G20: Estudantes da rede estadual assumem papel de repórteres durante G20 Social.

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Com celulares em mãos e cheios de curiosidade, um grupo de jovens da rede estadual de ensino do Rio de Janeiro destacou-se durante o G20 Social, realizado no Boulevard Olímpico. Uniformizados e atentos, eles acompanharam os debates e produziram conteúdo exclusivo sobre o evento. Estes estudantes participaram como repórteres, registrando entrevistas, capturando imagens e relatando os acontecimentos. O material produzido por eles será divulgado pela Secretaria de Estado de Educação, ampliando a voz dos jovens no contexto de um evento global. A experiência proporcionou aprendizado prático em comunicação e permitiu que os alunos se conectassem com questões sociais relevantes, fortalecendo seu protagonismo e participação ativa em eventos de grande impacto.

O grupo foi selecionado para o Programa Jovem Repórter, uma proposta de qualificar estudantes das escolas interculturais da rede estadual para atuação em eventos do governo do estado e do próprio G20 como produtores de conteúdo. Antes da jornada como jovens repórteres, os estudantes passaram por um processo de qualificação com profissionais das áreas de comunicação e relações internacionais.

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A estudante Manuella Lanes, do Ciep 413 Adão Pereira Nunes – Intercultural Brasil-México, de São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro, considerou incrível estar imersa nos debates globais. “É uma grande oportunidade fazer esse trabalho ao lado de outros estudantes. Tem sido prazeroso, divertido e, definitivamente, sairei dessa aventura com um olhar diferente sobre o mundo”, disse, em material divulgado pelo governo do estado do Rio de Janeiro.  

A estudante Eunice Pereira, do Ciep 218 Ministro Hermes Lima – Intercultural Brasil-Turquia, de Duque de Caxias, disse que deixou de ver as discussões dos temas globais como algo distante de sua realidade. “Acompanhando esse trabalho de perto e vendo todos esses projetos, já me sinto parte desse movimento, sabendo que posso estar cada vez mais presente nas ações que mexem com todo o mundo”.

O objetivo do governo do estado é transformar o Programa Jovem Repórter em uma ação permanente. O coordenador de Comunicação do G20 no Brasil, Carlos Alberto Júnior, elogiou a iniciativa.

“Ninguém melhor do que um jovem para tirar a gente da nossa zona de conforto. Eles estão lendo tudo relacionado ao evento e estão produzindo conteúdo do jeito deles, e esse é o objetivo do encontro, traduzir nossos conceitos e trazer para a realidade de todos”.


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Rio de Janeiro (RJ), 15/11/2024 - Programa Jovem Repórter: alunos da rede estadual fazem a cobertura jornalística do G20 Social. Foto: Governo do Estado do RIo/Divulgação
Programa Jovem Repórter: alunos da rede estadual fazem a cobertura jornalística do G20 Social. Foto: Governo do Estado do Rio de Janeiro/Divulgação

Crítica sobre a Experiência de Jovens no G20 Social

A iniciativa de integrar estudantes da rede estadual do Rio de Janeiro no G20 Social como jovens repórteres é louvável por fomentar o protagonismo juvenil e ampliar as oportunidades de aprendizado prático. Contudo, é importante refletir sobre o impacto dessa experiência e os desafios envolvidos.

Pontos Positivos:

  1. Protagonismo Juvenil: A participação ativa dos jovens em um evento global demonstra a capacidade dos estudantes de se conectarem com questões sociais e globais relevantes, rompendo as barreiras do ensino tradicional.
  2. Qualificação Profissional: O programa incluiu um treinamento com especialistas em comunicação e relações internacionais, capacitando os alunos para enfrentar desafios reais do mercado de trabalho.
  3. Inclusão e Visibilidade: A divulgação do material pela Secretaria de Educação amplia a voz dos jovens, promovendo maior visibilidade para suas perspectivas e talentos.

Questões Críticas:

  1. Sustentabilidade da Iniciativa: É necessário garantir que programas como o Jovem Repórter não sejam ações pontuais, mas parte de uma estratégia contínua de formação e inclusão educacional.
  2. Condições de Trabalho: Apesar da experiência enriquecedora, é crucial observar se os jovens tiveram apoio logístico e psicológico adequados para lidar com a pressão de eventos desse porte.
  3. Representatividade: Selecionar alunos de escolas interculturais é um passo inicial, mas há o risco de exclusão de outros segmentos da rede estadual. Seria enriquecedor expandir o programa para incluir estudantes de diferentes realidades socioeconômicas.

Propostas de Melhorias:

  • Acompanhamento Pós-Evento: Criar um sistema de acompanhamento para medir o impacto da experiência na formação dos alunos e apoiar suas trajetórias futuras.
  • Ampliar o Alcance do Programa: Expandir o programa para mais escolas e eventos, promovendo igualdade de oportunidades.
  • Documentação e Divulgação: Publicar um relatório público com os resultados, desafios e aprendizados do programa, valorizando ainda mais a produção dos estudantes.

Essa experiência tem potencial para transformar a forma como a educação pública se relaciona com o mundo exterior, mas requer uma abordagem cuidadosa para garantir que os benefícios sejam duradouros e inclusivos.

 

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